"Nossa, Xerxes. Que mãos grandes você tem!" |
Ontem fui assistir essa obra cujo trailer prometia muito e deixo aqui minha opinião de merda sobre o filme. Embora eu considere 300 a pior hq do Frank Miller, gosto bastante do filme, obviamente, fui ver esse segundo com muita empolgação.
Ao contrário do que todos os trailers, cartazes e até o próprio título do filme prometiam, o filme não fala praticamente nada da história do Xerxes e do Leônidas. Só tem um curto flashback mostrando a história de Xerxes, por que ele era tão recalcado, e o Leônidas, que já aparece morto.
Podemos dizer que o filme já foi decepcionante nisso. Não tivemos nosso espartano favorito (depois do Kratos) soltando nenhuma de suas pérolas como "Essa noite, jantaremos no inferno" ou "Isto é Esparta". Ou o Rodrigo Santoro de três metros, todo depilado e coberto de ouro falando "Eu sou bom" com aquela voz satânica.
Mas acalmem-se, só achei que o filme não cumpriu o que prometeu no trailer ou no nome. O império persa não estavam tendo uma ascensão, nem o grego, estava ambos em decadência (perderam tropas e no caso da Grécia, Atenas). Mas convenhamos que se o filme tivesse o nome desse post, ele não venderia muito, (rs). O filme é na verdade os bastidores de 300. Mostrando o que os gregos fizeram enquanto Leônidas e seus guerreiros estavam nas Termópilas.
Sendo assim, o deus-rei interpretado pelo brasileiro aparece pouquíssimas vezes (beijinho no ombro!).
Embora não tenham os espartanos, o filme continua sendo um bom pornô gay, como o primeiro. Não faltam gregos fortões de tanguinha.
A presença de Temístocles foi tão boa quanto a de Leônidas, ele além de ser um bom guerreiro (que para flechas com a cabeça e mata com um elmo) é um excelente estrategista.
O filme é tão realista quanto o primeiro, poderia dizer que é até mais. Deixa aquela mesma intriga que o outro deixava, "Será que o que eles falam referente à mitologia é real (dentro do filme) ou é só o que eles (os gregos) não conseguem explicar?".
Zack Snyder pode não ter dirigido, mas sua produção foi suficiente para encher o filme de slow-motions exagerados, mas muito bem colocados. Também não faltou sangue, violência e sensualidade.
Falando em sangue, gostaria de dizer que o 3D é ótimo, como diria um amigo, "Tive que limpar os óculos que estavam sujos de sangue várias vezes". São raros os filmes que exploram bem essa ferramenta, mas esse entrou na lista.
Falando em sensualidade, a Artemísia (a belíssima Eva Green) deu esse toque que faltava no antigo filme. A general persa dá um show de violência e sensualidade. Sua cena de sexo com o Temístocles consegue ser sensual, sádica, violenta e engraçada, tudo perfeitamente equilibrado.
Também gostei de ver algumas coisinhas minúsculas, como a cena em que a mulher de Leônidas fala para Temístocles "Nós somos Esparta" e no fundo aparece o poço onde Leônidas jogou o emissário persa. A explicação de como o emissário conseguiu as cabeças de reis também é muito boa!
Agora que já joguei panos quentes, (rs). Vou voltar a criticar mais uma coisa. Esse filme fez o mesmo que O Hobbit fez e está fazendo, uma tentativa de repetir o primeiro sucesso. Muitas coisas foram muito parecidas com a do 300: o pai e o filho na guerra, uma minoria de soldados resistindo bravamente, um comandante assistindo de camarote, uma ajuda que chega no último instante e etc. Acho isso muito enfadonho! Pelo menos tiveram a sacada de fazer o pai morrer e o filho querer vingá-lo, caso contrário o alerta dejavouir ia tocar com certeza.
Apesar desses defeitos, 300: A Ascensão do Império é um filme bacana, eu esperava coisa melhor, mas me contento com isso. O filme é um banho de sangue louco e violência gratuita, isso é uma coisa de que todos nós gostamos.
P.S.1: Os gregos tiveram muita dificuldade ao enfrentar os imortais, isso prova que os espartanos eram os maiorais mesmo, já que eles colocaram o nome dos guerreiros mascarados à prova, eles foram reprovados.
P.S.2: Meus parabéns aos estilistas persas que viajavam de navio para as guerras somente para não deixar a general repetir a roupa, (rs)!
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