Banca de jornais que encontramos na Candangolândia |
Nessa terça-feira (10/12), viajei à Brasília com alguns amigos historiadores e católicos para assistirmos à palestra do Prof. Roberto de Mattei sobre os bastidores do Concílio Vaticano II. Fomos bem adiantados, pois sabíamos que íamos os perder. Dito e feito. Em Brasília, se você errar ao menos uma entrada, terá de andar o triplo do que iria andar.
Mas, ainda sim conseguimos chegar cedo o bastante para passearmos pelo shopping Iguatemi, um shopping muito bonito, mas onde tudo é muito caro. A Livraria Cultura, onde foi a palestra, é uma espécie de céu na terra. Dois andares com tudo, absolutamente tudo, que você estiver procurando.
"Garimpando", encontrei dois livros do Tolkien: Árvore e Folha e Cartas do Papai Noel. Fiquei muito feliz e acabei comprando (do primeiro foi um para mim e outro para meu amigo secreto). Além de algumas HQ's que encontrei por lá.
Depois de fazer um rombo na minha conta bancária (rs), fomos finalmente ver a palestra que foi muito interessante. O Prof. Mattei possui uma ótima pronúncia de português e ideias bastantes diferentes do normal que eu estava acostumado a ver. É claro que muitos o criticam pelo seu ponto de vista, extremamente conservador, mas acredito que é muito importante conhecer todos os lados da moeda.
Comprei o seu livro Apologia da Tradição que é um post-scriptum do livro Concílio Vaticano II: uma história nunca escrita que vou pegar emprestado com um dos meus amigos que comprou. Quem mandou fazer uma palestra numa livraria cheia de livros maravilhosos? (rs). Após a palestra, houve um momento para fotos e autógrafos, enquanto isso foi servido um buffet. Os funcionários da Livraria Cultura estão de parabéns pelo atendimento e todo o pessoal do Instituto Plínio Correia está mais de parabéns ainda pela organização, carinho e atenção.
Depois de vinte minutos na fila (tinha gente pra burro), eu finalmente puder pegar meu autógrafo e tirar um foto com o prof. Roberto de Mattei. Logo depois fomos embora, já eram dez horas da noite, e ao pararmos num posto de gasolina na Candangolândia para abastecer, uma fumaça estranha começou a sair do carro. Não sei o que aconteceu, pois não entendo nada de mecânica, mas tivemos que passar a noite ali mesmo até que uma oficina mecânica estivesse aberta.
Nunca pensei que a vida noturna fosse algo tão conturbado. Comi um hambúrguer no McDonald's e sentei para esperar. fazia muito frio, mas eu tinha um gorrinho de Papai Noel para esquentar minhas orelhas. Um sujeito estranho chegou e depois de tentar nos ajudar, foi se encontrar com um outro sujeito (vestido de policial) e trocaram um pacote misterioso de um porta-malas para outro. Ambos partiram e um terceiro carro chegou, era um casal de adolescentes que estavam muito bêbados. O rapaz (que dirigia muito bem, por sinal) estava louco para ter relações sexuais com a menina que amassava e acariciava loucamente. Quando viram que não estavam sozinhos, foram embora. Continuamos ali e já às três da manhã, um trio de trombadinhas armados com facas assaltaram o frentista do posto, bem ali na nossa frente, eu estava cochilando e acordei assustadíssimo com o alvoroço dos meninos que tinham visto tudo. A polícia chegou depois, mas não resolveu muita coisa.
Passadas as loucuras, o dia amanheceu e eu perambulava pelo posto. Estava completamente sem sono. Voltar para aquele carro, tendo as pernas do tamanho das minhas, era um tormento. Os funcionários do McDonald's que me atenderam de noite ainda estavam lá, limpando o restaurante.
De manhã procuramos uma oficina mecânica e um copo de café. Um número espantoso de banquinhas de café são montadas pela avenida a fim de atender os candangolenses que saem para trabalhar. Já eram duas da tarde quando o carro ficou pronto. O mecânico (que Deus o abençoe) foi super gentil e camarada ao cobrar a tacha de serviço.
Quando chegamos em Anápolis, uma chuva gelada nos recepcionava. Deitei e dormi até hoje, às seis da manhã. Com sono reposto, agradeço o passeio (que apesar do pesares foi ótimo) e a companhia dos meus amigos Tobias, Daniel, André e Rogério. Foi tudo muito compensador, e todos os livros que comprei me relembram isso, mas não pretendo voltar à Brasília tão cedo, (rs).
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