Turma do 3° ano de Letras UEG de 2014. |
Nessa sexta-feira (27 de junho de 2014), minha turma da faculdade viajou á Goiás Velho (ou como os habitantes de lá preferem chamar: Cidade de Goiás) com a Prof.ª Dr.ª Maria Eugênia Curado. O objetivo era poder ver a arquitetura barroca e colonial que estudamos em literatura.
Depois de uma longa viagem (lembrei que não consigo passar muitas horas viajando num ônibus sentado sem me levantar e começar a mexer com todo mundo), chegamos ao campus da UEG da cidade de Goiás e descemos para o centro histórico, ali já nos deparamos com uma típica cidade colonial onde os moradores parados nas janelas nos dão a impressão de que o tempo congelou por ali.
Visitamos a Paróquia Nossa Senhora do Rosário (no fundo da foto acima), mais conhecida como "Igreja dos Escravos", por ser uma antiga capelinha para os negros, uma vez que se tinham igrejas segregadas. A igreja conserva pouco do barroco, talvez apenas na imagem da padroeira com São Domingos e Santa Catarina de Sena aos seus pés. O teto possui afrescos com os mistérios do rosário, mas tudo moderno. Goiás Velho não é um bom lugar para estimular a fé e a piedade.
Fiquei um pouco chateado pelo comportamento de alguns colegas não católicos que não se comportavam com respeito dentro da igreja. Sobretudo com um grupinho que ficou brincando no confessionário.
Depois disso, passamos em uma outra igreja, a Igreja da Boa Morte, que não funciona mais, mas estava com uma exposição de paramentos do Museu de Arte Sacra, ali eu vi a casula romana mais linda do mundo, bordada com fios de ouro e com estampas dos santos da ordem dominicana.
Partindo dali demos uma rápida pausa na casa da professora para descansar, e fomos para o restaurante almoçar. Poucas vezes comi uma comida tão boa, a típica e verdadeira comida caseira goiana. O gosto do céu no seu paladar e a fartura de satisfação no seu estômago. Comi tanto que mal conseguia andar.
Indo para a Casa da Ponte (Não achou que iríamos à Goiás Velho sem passar no museu de Cora Coralina, achou?), fui picado por uma maldita abelha e fiquei com o pescoço todo vermelho, corri para casa da professora em busca de um vidro de álcool para passar no inchaço. Nessa brincadeira, perdi a entrada na casa de cora Coralina. Resultado: enquanto meus colegas foram num outro museu da cidade (não era muito importante), eu fiz a visita sozinho.
O bairrismo sempre fez com que eu admirasse Cora, a grande poetiza goiana, mas estar na casa dela me emocionou bastante. Visitar o local onde a história aconteceu é muito diferente de ouvi-la da boca dos outros. Vi cada cômodo onde lembrava de ter visto fotos da Cora nele. Toquei em cada objeto que sabia ter sido tocado por ela. Vou me lembrar disso para sempre!
A casa dela é muito casa de vó, (rs). Além do mas, pude ver o que eu mais queria a carta que o Carlos Drummond de Andrade (meu poeta favorito) escreveu para ela, uma pena que não era o original, apenas uma fac-símile.
Tirei uma foto na ponte (como manda o clichê, rs), e alcancei minha turma para visitarmos o museu de arte sacra, onde estavam as obras barrocas de Veiga Vale, que para quem não conhece, é o Aleijadinho de Goiás. Depois dessa viagem maravilhosa, voltamos para a UEG e pegamos o ônibus para retornar à Anápolis, voltamos jogando adedonha para o tempo passar mais rápido. Já em casa, desmaiei de sono e só acordei hoje às 11h.
Agora planejamos ir para São Paulo visitar o Museu da Língua Portuguesa. Acho que só adedonha não vai ajudar a viagem a passar, (rs).
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